A Doença de Parkinson é uma condição neurológica progressiva que afeta o controle dos movimentos, causando sintomas como tremores, rigidez muscular, lentidão e alterações no equilíbrio. Nos últimos anos, o uso da cannabis medicinal tem chamado atenção como um possível complemento ao tratamento dessa condição.
Neste artigo, explicamos de forma simples o que é a cannabis medicinal, seus possíveis benefícios, efeitos colaterais, interações medicamentosas e a importância de uma prescrição segura. Lembrando: este conteúdo é informativo e não substitui uma consulta médica.
A cannabis medicinal é o uso terapêutico de substâncias derivadas da planta Cannabis Sativa, como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol).
Esses compostos atuam no sistema endocanabinoide do corpo humano, que ajuda a regular funções como sono, humor, dor e movimentos.
Importante: CBD e THC não causam os mesmos efeitos. O CBD não é psicoativo (ou seja, não altera a consciência), enquanto o THC pode causar efeitos psicoativos e deve ser usado com cautela.
Embora as pesquisas ainda estejam em andamento, alguns estudos e relatos de pacientes mostram que a cannabis medicinal pode ajudar em:
✅ Redução de tremores e rigidez muscular
✅ Melhora da qualidade do sono
✅ Redução da dor crônica
✅ Controle da ansiedade e agitação
✅ Melhora do humor e do bem-estar geral
Alguns pacientes relatam maior relaxamento muscular e uma sensação de maior controle dos movimentos após o uso do canabidiol (CBD), especialmente em conjunto com outros tratamentos como a fisioterapia.
Como qualquer substância, a cannabis medicinal pode causar efeitos colaterais, especialmente se usada sem acompanhamento adequado. Os mais comuns incluem:
Sonolência ou fadiga,
Tontura ou queda de pressão,
Boca seca,
Alterações no apetite,
Dificuldades de concentração ou memória (principalmente com o uso de THC)
Ansiedade ou paranoia (em alguns casos com THC)
Por isso, o acompanhamento médico é essencial para ajustar a dose, escolher o tipo certo de extrato (com ou sem THC) e garantir a segurança do tratamento.
Pessoas com Parkinson normalmente usam medicamentos como Levodopa, Carbidopa, entre outros. A cannabis pode interagir com esses remédios, alterando seus efeitos ou intensificando efeitos colaterais.
Por exemplo, o CBD pode afetar o metabolismo de medicamentos no fígado, podendo aumentar ou diminuir sua ação. Por isso, é fundamental que qualquer uso de cannabis seja acompanhado por um profissional da saúde com habilitação para prescrição.
No Brasil, o uso da cannabis medicinal é permitido, mas exige prescrição de um profissional qualificado, geralmente um médico com conhecimento em tratamentos com canabinoides. Ele vai avaliar o histórico do paciente, os medicamentos em uso, e indicar a melhor forma de tratamento, se for o caso.
Nunca inicie o uso por conta própria. Além de ser perigoso, o uso sem orientação pode gerar mais riscos do que benefícios.
Não. A cannabis pode ser um complemento ao tratamento, mas não substitui a fisioterapia, os medicamentos ou outras abordagens importantes para manter a qualidade de vida da pessoa com Parkinson.
O ideal é que ela faça parte de um plano terapêutico integrado, que inclui exercícios físicos, fortalecimento, equilíbrio, reabilitação funcional e cuidados emocionais.
A Doença de Parkinson é progressiva e afeta diretamente os movimentos, o equilíbrio e a coordenação. Por isso, a fisioterapia tem um papel essencial no tratamento, ajudando a manter a independência, reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa com Parkinson.
Com o avanço da doença, é comum que o paciente apresente:
Dificuldade para caminhar ou se equilibrar
Postura encurvada
Rigidez muscular
Tremores
Lentidão nos movimentos (bradicinesia)
Dores musculares e articulares
A fisioterapia atua justamente nesses aspectos, por meio de exercícios específicos, seguros e adaptados para cada fase da doença.
✅ Melhora da mobilidade e flexibilidade
Ajuda a manter ou recuperar a amplitude dos movimentos, evitando rigidez.
✅ Fortalecimento muscular
Previne a fraqueza e melhora a estabilidade do corpo.
✅ Treino de equilíbrio e marcha
Reduz o risco de quedas, comuns em pacientes com Parkinson.
✅ Correção postural
Contribui para aliviar dores e evitar compensações que pioram a movimentação.
✅ Estímulo à coordenação motora e à independência
A fisioterapia treina atividades do dia a dia, ajudando o paciente a manter sua autonomia por mais tempo.
✅ Melhora da respiração e da fala
Em alguns casos, exercícios respiratórios e motores orofaciais também são indicados.
✅ Contribuição para o bem-estar emocional
O movimento é uma forma de manter a autoestima, aliviar a ansiedade e melhorar o humor – aspectos que também fazem parte do cuidado com o Parkinson.
A cannabis medicinal pode auxiliar no controle de sintomas como tremores, dores e distúrbios do sono. Já a fisioterapia atua diretamente na manutenção das funções motoras e na prevenção de complicações.
Ou seja, os dois recursos podem se complementar dentro de um plano de cuidados multidisciplinar, sempre com acompanhamento profissional adequado.
Cada pessoa com Parkinson evolui de forma diferente. Por isso, o plano fisioterapêutico é individualizado, respeitando as necessidades, limitações e objetivos do paciente.
O fisioterapeuta é também um importante parceiro da família e cuidadores, orientando sobre como adaptar o ambiente e facilitar a rotina com mais segurança e conforto.
A fisioterapia é um dos pilares fundamentais no tratamento da Doença de Parkinson. Com dedicação, acompanhamento profissional e cuidado contínuo, é possível preservar a autonomia, reduzir sintomas e proporcionar mais qualidade de vida.
Se você ou alguém próximo convive com o Parkinson, não deixe de buscar apoio fisioterapêutico. Se você precisa de atendimento fisioterapêutico, clique AQUI e agende sua avaliação. (Você será redirecionado para o WhatsApp)
O movimento é uma poderosa forma de cuidar do corpo e da mente!
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